O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) realiza em Porto Velho, o Workshop Pecuária Sustentável em Rondônia para fortalecer a sustentabilidade e a transparência nas cadeias produtivas da pecuária de leite e corte, e nos sistemas agroflorestais. A ação faz parte do projeto Transparência e Sustentabilidade em Cadeias Produtivas na Amazônia (ProTS), desenvolvido em parceria com a DeutscheGesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH. Os apoiadores são Imaflora, Centro de Estudos Rioterra e Embrapa.
Foto: Divulgação evento
Entre os objetivos está a capacitação de técnicos locais para implantação e replicação de Unidades de Referência Tecnológica (URT) no estado ligando diretamente aos Programas e objetivos do ABC+.
A abertura foi na manhã de desta terça-feira (04) e segue até quinta-feira (06), no Acordes Hotel, em Porto Velho. Os participantes são técnicos de organização da sociedade civil e do poder público, representantes sindicais, produtores rurais e integrantes de empresas que constituem a cadeia econômica da pecuária de corte e leite em Rondônia.
De acordo com Bruno Meireles Leite, do Desenvolvimento das Cadeias Produtivas e de Indicações Geográficas (Decap/MAPA), a pecuária de leite e corte é vista como vilã das mudanças climáticas, mas que o setor passa por modificações buscando reduzir as emissões e atender o mercado mundial de alimentos. “Carne e leite são importantes para a alimentação humana e muitos países tem o hábito de consumo desses produtos e derivados. O Brasil pode reduzir a área cultiva e ampliar o volume de produção com soluções de baixas emissões de carbono através da pecuária”, destacou.
A presidente da Rioterra, Fabiana Barbosa Gomes, ressaltou que os projetos de recuperação de áreas degradadas desenvolvidos pela instituição são importantes para a adequação ambiental das propriedades rurais ao mesmo tempo em que promove geração de renda com o cultivo pelo Sistema Agroflorestal com produção de frutos de ciclos rápidos. “Existem fontes de recursos para ações de reflorestamento em áreas de preservação permanentes nas propriedades de agricultura familiar, mas tem o entrave do conhecimento e compreensão da importância dessas atividades”, afirmou.
O procurador do Ministério Público Federal (MPF), Gabriel Amorim, orientou que a atuação judicial é no sentido de cumprir a legislação sem causar prejuízos. Conforme explicou, o MPF conduz as soluções por meio negociável com os Termos de Ajustamento de Conduta (TAC) e pelo meio não negociável através de Ação Civil Pública. “O Ministério Público age dentro da legalidade não para impedimentos, mas, sim, para promover o controle e dar mais segurança jurídica para os produtores rurais, protegendo as atividades econômicas e o meio ambiente”, ponderou.
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