Os estudantes do Centro Universitário do Estado do Pará (Cesupa) e do Centro Universitário Facens (Sorocaba - SP) desenvolveram iniciativas tecnológicas, sustentáveis e sociais para auxiliar no trabalho de comunidades nos estados do Pará e de São Paulo a partir do projeto Florestas Inteligentes, que visa desenvolver soluções de alto impacto de sustentabilidade para as comunidades da Mata Atlântica e da Floresta Amazônica.
Os universitários formaram as equipes Jambu e Juçara e desenvolveram duas soluções: o triturador automatizado na Amazônia e a estufa inteligente na Mata Atlântica. Os grupos são interdisciplinares e reúnem alunos dos cursos de Direito, Engenharia de Produção, Psicologia, Ciência e Engenharia da Computação, Engenharia Química e Análise e Desenvolvimento de Sistemas dos centros universitários, que estão envolvidos em todas as etapas dos projetos, desde a concepção à implantação na Ilha de Cotijuba, no estado do Pará, e em Miracatu, no interior de São Paulo.
O triturador automatizado transforma os resíduos de coco em fibra, que pode ser utilizada como adubo, na produção de produtos artesanais e vendido in natura para produções em escala de diferentes produtos (tapetes e vasos). Ele foi pensado e criado para a Cooperativa de Trabalho Ambiental da Ilha de Cotijuba, para reduzir o descarte inadequado de resíduos de coco, um dos produtos mais consumidos na região e que pode causar diversos danos para o meio ambiente e para a saúde, como a contaminação do solo e a proliferação de vetores para doenças. Além de seu longo período de decomposição, até 12 anos, o que gera alto acúmulo de lixo na região.
Mônica Silva, coordenadora de Projetos do Ecossistema de Inovação e Sustentabilidade do Cesupa, explica que o objetivo é o desenvolvimento de ações com foco na economia e na sustentabilidade. "As equipes são desafiadas a pensarem e implementarem soluções sistêmicas que efetivamente impactem a comunidade, com a bioeconomia como pilar central. O poder da escuta, da colaboração, da co-criação e do propósito de impacto formam o objetivo central do Florestas Inteligentes: entregar tecnologias coerentes com as localidades e que potencializem a renda".
Mata Atlântica
A estufa inteligente foi desenvolvida pela equipe Juçara para otimizar o processo de secagem da fibra de bananeira utilizada pelas artesãs da Associação Banarte, localizada em Miracatu, no interior de São Paulo e visa atender uma demanda das próprias trabalhadoras, que apresentaram dificuldades nesta etapa de produção devido às condições climáticas da região.
A estufa é equipada com sensores e controladores de umidade e temperatura , o que faz secar as fibras de maneira controlada, além de oferecer um ambiente ideal para a produção artesanal. O sistema é alimentado por placas solares, o que garante uma fonte de energia renovável e sustentável. Após a finalização, os produtos são comercializados na sede da associação e em grandes redes nacionais e internacionais, por exemplo, a Tok&Stok.
A iniciativa reúne sustentabilidade e impacto social, além de promover aprendizados reais para os universitários envolvidos, como explica Vitor Belota, gerente de Sustentabilidade e Educação Inovadora do Centro Universitário Facens. "Nosso projeto não apenas visa resolver desafios específicos das comunidades, mas também capacitar os estudantes para enfrentarem problemas reais e promoverem mudanças positivas na sociedade, sempre pensando em um contexto social e ambientalmente responsável".
Segundo ele, "esse trabalho de secagem, por exemplo, deve ser feito da forma correta ou as artesãs podem perder a matéria-prima, o que acarreta em prejuízos financeiros e no uso excessivo de recursos naturais. Por isso, projetos como o que os nossos estudantes desenvolveram são essenciais".
Projeto Florestas Inteligentes
O projeto está na sua terceira edição e já recebeu prêmios internacionais, com destaque para a Medalha de Bronze na categoria "Educação para Sustentabilidade" no QS Reimagine Education Awards 2022, em Abu Dhabi e o prêmio "Beneficiando a Sociedade", do Green Gown Awards da ONU. E neste ano é finalista na categoria Ação de Educação para a Sustentabilidade do Prêmio QS Reimagine Education.
O Florestas Inteligentes conta com o apoio da Alcoa, da Reservas Votorantim, da Munskjö e da Veolia e atende a três Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas: Trabalho decente e crescimento econômico, Cidades e comunidades sustentáveis e Consumo e produção responsáveis. Em 2024, ele continua a fomentar soluções sustentáveis na Floresta Amazônica e na Mata Atlântica.
Centro Universitário do Estado do Pará (Cesupa)
Com quase 35 anos de atuação na Educação Superior local, o Centro Universitário do Estado do Pará (Cesupa) é o legado do médico e educador Dr. João Paulo do Valle Mendes, o nosso Eterno Reitor, que ousou sonhar com um projeto educacional inovador. Atualmente, a instituição conta com 14 cursos de graduação, nas áreas da Saúde, Engenharias e Tecnologia e Negócios, instalados em 5 campi. Entre eles, o curso de Medicina que, em 2022, completou 15 anos de instalação, o curso de Odontologia que celebrou 25 anos em 2023, o curso de Direito que celebrou 25 anos este ano e Administração que completará 30 anos em 2025.
Além disso, com seus cursos de pós-graduação, residência, mestrados e doutorado, o Cesupa já formou mais 15 mil profissionais, fortalecendo a sua missão de entregar ao mercado, especialistas que dominam a realidade local e o contexto global.
Os esforços coletivos da comunidade acadêmica do Cesupa têm sido reconhecidos junto às instituições regulamentadoras da Educação, refletindo em conquistas como a nota 4 na avaliação do Índice Geral de Cursos (IGC), obtida pela 7ª vez consecutiva. E, em junho de 2024, fomos certificados, mais uma vez, com o conceito institucional máximo 5 na avaliação do nosso Recredenciamento Institucional, realizado pelo Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior, vinculado ao MEC, que analisou aspectos como ensino, pesquisa, extensão, responsabilidade social e gestão, entre outros.
Foto: Internet
Comments