Esse será o primeiro projeto da Yamna no Brasil e terá capacidade de produção de até 1MTPA
O Porto do Açu e a Yamna, empresa Inglesa especializada na produção de hidrogênio verde e seus derivados, firmaram um acordo de reserva de área no hub de baixo carbono do Porto do Açu, localizado no Norte do Rio de Janeiro, para a implantação de uma fábrica de amônia verde.
O complexo portuário está ampliando seu hub de hidrogênio e derivados, que já conta com uma área licenciada de um milhão de metros quadrados. Com a nova parceria, serão reservados mais dois milhões de metros quadrados para o desenvolvimento de novos projetos sustentáveis, consolidando ainda mais a posição estratégica do Porto do Açu na cadeia de baixo carbono.
A Yamna prevê que a nova fábrica de amônia tenha capacidade de produção de até um milhão de toneladas por ano (1MTPA). A decisão final de investimento está prevista para 2027, com o início da produção das primeiras moléculas verdes em 2030.
"Estamos entusiasmados em receber a Yamna no Porto do Açu para seu primeiro projeto de amônia verde no Brasil e ansiosos para trabalhar em estreita colaboração para garantir o sucesso desta iniciativa, que posicionará ainda mais o Açu como líder na produção de hidrogênio e amônia verde", disse Mauro Andrade, Diretor Executivo de Desenvolvimento de Negócios da Prumo Logística.
Maior porto privado do Brasil, controlado pela Prumo Logística e pelo Porto de Antuérpia -Bruges Internacional, o Porto do Açu é responsável por 40% das exportações de petróleo do país. O Açu também atua nos setores de mineração e logística. Atualmente, o complexo porto-indústria está avançando na transição energética ao desenvolver uma plataforma integrada para a economia de baixo carbono.
O primeiro projeto da Yamna no Brasil está alinhado com sua estratégia de desenvolver empreendimentos de grande escala de amônia verde nos lugares mais atrativos globalmente. O Brasil, com sua imensa capacidade de produção de energia renovável, disponibilidade de matérias-primas essenciais, crescente demanda doméstica por combustíveis e fertilizantes de baixo carbono, e localização estratégica para exportação, oferece uma grande oportunidade para ampliar a produção de amônia verde e atender à crescente demanda global. O Porto do Açu, como líder industrial e hub de energia, proporciona a infraestrutura e logística ideais, fortalecendo ainda mais a posição da Yamna como líder global no mercado de amônia verde.
"O processo de assinatura do acordo de reserva de área foi muito colaborativo e eficiente, e estamos confiantes de que essa forte cooperação continuará nas próximas fases do projeto, pavimentando o caminho para uma decisão final de investimento bem-sucedida. Gostaríamos também de estender nossa gratidão ao Porto de Antuérpia -Bruges Internacional pela contribuição inestimável para alcançar este marco importante. Na Yamna, esperamos desempenhar um papel fundamental no sucesso deste projeto, aproveitando nossa experiência em hidrogênio e amônia verde", declarou Abdelaziz Yatribi, CEO da Yamna.
Para o CEO do Porto do Açu, Eugenio Figueiredo, o porto brasileiro oferece uma das melhores infraestruturas do país para apoiar de forma sustentável a descarbonização da indústria com calado profundo, terrenos disponíveis com acesso direto ao cais e um cluster de serviços que reúne múltiplos fornecedores de suporte portuário e marítimo. "Esta parceria destaca o papel estratégico do Açu como um hub para soluções de energia sustentável e reflete nosso compromisso com projetos inovadores que contribuem para a transição energética global", completou o executivo.
"Nossa parceria com o Porto do Açu é inestimável para nos tornarmos um porto neutro em carbono até 2050. Vemos o Açu como um projeto fundamental para o estabelecimento de um corredor verde, produzindo e exportando moléculas verdes do Brasil para a Bélgica. A presença da Yamna no Porto do Açu reforça a força desta iniciativa, exemplificando o tipo de colaboração pioneira necessária para impulsionar a transição energética global. Juntos, estamos orgulhosos de sermos líderes na transição energética global", concluiu Kristof Waterschoot, CEO do Porto de Antuérpia-Bruges Internacional.
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