No início da tarde de ontem, a Defesa Civil anunciou o rompimento da mina 18, da Braskem, em Maceió (AL), na região da lagoa, no bairro do Mutange. “A mina está rompendo aos poucos, não chegou a ser um rompimento brusco. Agora a água está entrando nela; a gente não sabe o impacto que terá nas outras minas”, explica à Mídia Caeté o professor adjunto da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e arquiteto Dilson Ferreira. O possível colapso na região do Mutange começou a ser divulgado pela Defesa Civil no final de novembro.
Um dia depois da COP28, o governo abriu licitação para 603 blocos de exploração de petróleo e gás em diferentes partes do Brasil. A Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) quer contratar concessionárias para explorar combustíveis fósseis na terra e no mar em nove bacias sedimentares, como as bacias de Pelotas, a Potiguar, a do Amazonas e a de Santos, onde está o pré-sal. O Nexo conta que a licitação ganhou o apelido de “leilão do fim do mundo”, dado o potencial de poluição dos blocos anunciados pela ANP. Caso seja bem-sucedido o processo, a produção dos blocos pode emitir mais de 1 bilhão de toneladas de carbono equivalente na atmosfera.
Falando em COP28: o Brasil foi o país que mais levou lobistas do agro para o evento. Marfrig, JBS e Minerva viajaram como delegação oficial, como revela levantamento d’O Eco a partir de dados da organização britânica DesMog. A representação brasileira de lobistas na Conferência do Clima das Nações Unidas equivale a 10,6% dos membros de grandes indústrias mundiais do agro presentes na COP 28. Dos 36 lobistas brasileiros, 34 são ligados à indústria da carne. Segundo dados da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, a produção de carne é responsável por algo entre 12% e 14,5% das emissões globais de gases estufa. No Brasil, a porcentagem é muito maior: a pecuária representa 57% do total de emissões do país.
Promessa do governo Lula para o combate à fome, o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) no semiárido do Piauí dá os primeiros passos só agora. Os primeiros pagamentos a agricultores familiares começaram em agosto, e três associações quilombolas, dependentes do PAA, viram uma safra de frutas apodrecer no pé devido à demora na retomada do programa. O Joio e o Trigo lembra ainda que o orçamento inicial de 2023 é insuficiente: foram R$ 2,7 milhões, ou seja, apenas 0,23% da demanda total de R$ 1,1 bilhão de propostas de agricultores familiares em todo o Brasil.
Comments