No Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado em 5 de junho, a Organização das Nações Unidas reforça a urgência de adotar práticas sustentáveis para proteger o planeta. Desde sua criação em 1972, a data simboliza um apelo global para açõe s concretas contra adversidades ambientais. Recentemente, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) divulgou que, entre agosto de 2022 e julho de 2023, o desmatamento na Amazônia brasileira alcançou 9.064 km². Embora represente uma redução de 21,8% em relação ao ano anterior, esses números ainda são preocupantes e destacam a necessidade de intervenções eficazes para frear a devastação.
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O setor privado desempenha um papel fundamental na luta contra as mudanças climáticas devido ao seu alcance e capacidade de inovação. As empresas podem liderar investimentos em tecnologias sustentáveis e energias renováveis, influenciando suas cadeias de suprimentos a adotarem práticas mais verdes. Assim, a adoção dessas matrizes energéticas sustentáveis emerge como um caminho promissor.
"A adoção de matrizes energéticas sustentáveis é essencial para garantir um futuro mais limpo e resiliente. As empresas devem investir em fontes renováveis e tecnologias de eficiência energética para reduzir a pegada de carbono e promover um desenvolvimento equilibrado. É fundamental que todos os setores colaborem para criar uma matriz diversificada e robusta, que atenda às necessidades presentes sem comprometer as futuras gerações", comenta Claudio Olimpio, CEO da Greener Tokens.
Diretrizes internacionais, como o Pacto Global da ONU e o Acordo de Paris, orientam o setor privado. O Pacto Global, lançado em 2000, incentiva empresas a integrar princípios sustentáveis em suas operações, alinhando-se aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. O Acordo de Paris, por sua vez, estabelece metas para limitar o aumento da temperatura global, desafiando as companhias a intensificarem esforços na redução de emissões e na transição para energias limpas.
Nesse contexto, as empresas estão ampliando significativamente os investimentos em pesquisa e desenvolvimento para criar tecnologias e processos que minimizem o impacto ambiental. Esse esforço inclui a implementação de soluções inovadoras como a captura e armazenamento de carbono (CCS), visando reduzir as emissões de CO2 industriais, além de explorar o uso de materiais biodegradáveis e técnicas avançadas de reciclagem para diminuir o desperdício e aumentar a eficiência dos recursos. A utilização de inteligência artificial e big data também está sendo aplicada para otimizar processos, gerenciar frotas e reduzir o consumo de energia e combustíveis.
"No setor de logística, um dos principais benefícios do uso de IA é a otimização das rotas de transporte. Os algoritmos analisam dados de trânsito, condições meteorológicas e horários de funcionamento de estabelecimentos para criar deslocamentos mais eficientes. Assim, a utilização de roteiros otimizados com IA reduz o tempo de viagem, o consumo de combustível e contribui para a diminuição das emissões de CO2," comenta Javiera Lyon, country manager da Simpliroute, empresa líder na América Latina em soluções de inteligência artificial aplicadas ao setor de logística.
A atuação proativa do setor privado é essencial para a proteção ambiental e para a criação de um futuro sustentável. Ao incorporar diretrizes como as do Pacto Global da ONU e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável em suas estratégias, as empresas têm a oportunidade de liderar pelo exemplo, reduzindo significativamente seus impactos ambientais e contribuindo para mudanças globais positivas e para a transição para uma economia verde.
"É necessário que as corporações compreendam sua forte influência sobre o meio ambiente e atuem com determinação para minimizar os efeitos negativos de suas operações. Ao integrar a sustentabilidade ao core business, se posicionam como líderes na promoção de um futuro economicamente viável e ecologicamente sustentável. Os benefícios dessas práticas de sustentabilidade transcendem o presente, projetando um legado positivo para as futuras gerações", finaliza Marcelo Freitas, CEO da Prospera, primeira plataforma de benefícios sustentáveis do Brasil.
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