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O Papa e o planeta: Seleção de falas de Francisco sobre a crise climática

  • Foto do escritor: Solano Ferreira
    Solano Ferreira
  • há 2 dias
  • 9 min de leitura

Cardeal Timothy Radcliffe:

"Uma sociedade na qual a doação caritativa é deliberadamente restringida estaria condenada à própria pobreza, tanto financeira quanto moral. O Papa Francisco dedicou sua vida a servir os pobres e combater a injustiça. Sua última mensagem de Páscoa 'Urbi et Orbi' merece reflexão:

 

'Apelo a todos aqueles que ocupam posições de responsabilidade política em nosso mundo que não cedam à lógica do medo, que leva apenas ao isolamento dos outros, mas que usem os recursos disponíveis para ajudar os necessitados, combater a fome e incentivar iniciativas que promovam o desenvolvimento.'"

Leia mais em Project Syndicate 

 

Em 2024, Papa Francisco chamou os negacionistas do clima de "tolos"  

"Há pessoas que são tolas, e continuam tolas mesmo quando você lhes mostra pesquisas. Elas não acreditam", disse ele por meio de um intérprete. "Elas não entendem a situação ou o fazem por interesse próprio – mas a mudança climática existe."

 

Papa Francisco sobre a Mudança Climática

 

Encíclicas (Laudato Si' e Laudate Deum)

 

"A terra, nossa casa, está começando a parecer cada vez mais um imenso monte de sujeira." (Encíclica Laudato Si', 24 de maio de 2015)

 

Essa imagem marcante de Laudato Si' ganhou destaque nos noticiários do mundo todo como um chamado urgente. Veículos destacaram essa frase para ilustrar a preocupação do Papa com a poluição e o descaso ambiental. É uma das linhas mais citadas em debates sobre clima, frequentemente mencionada em artigos acadêmicos sobre ética ambiental e amplamente compartilhada nas redes sociais como um grito de alerta pela responsabilidade ecológica.

 

"Esta irmã agora clama por nós pelos danos que lhe causamos por nosso uso irresponsável e pelo abuso dos bens com os quais Deus a dotou."

(Encíclica Laudato Si', 24 de maio de 2015)

 

Aqui, o Papa Francisco personifica poeticamente a Terra como uma "irmã" que chora de dor. Especialistas observam que esta linha, inspirada em São Francisco de Assis, trata os danos ambientais como uma questão moral e tem sido amplamente citada em publicações teológicas e ambientais como um apelo ao arrependimento pelos pecados ecológicos. Foi frequentemente usada em campanhas de cuidado com a criação nas redes sociais, por seu forte simbolismo moral.

 

"Os jovens exigem mudança. Eles se perguntam como alguém pode afirmar estar construindo um futuro melhor sem pensar na crise ambiental e nas dores dos excluídos."(Encíclica Laudato Si', 24 de maio de 2015)

 

Esta citação reconhece o ativismo jovem e vincula justiça social à justiça climática. Em 2015, veículos de imprensa destacaram a frase para mostrar o alinhamento do Papa com os protestos climáticos da juventude. Pesquisadores de políticas climáticas frequentemente citam esse trecho para enfatizar o dever ético para com as gerações futuras, e ele foi amplamente compartilhado em hashtags de marchas climáticas como uma inspiração do Papa à juventude.

 

"Precisamos ouvir tanto o clamor da terra quanto o clamor dos pobres."

(Encíclica Laudato Si', 24 de maio de 2015)

 

Este princípio conciso de Laudato Si' – de que o cuidado com o planeta e com os pobres é inseparável – tem sido amplamente citado tanto em círculos eclesiais quanto em conferências ambientais. Apareceu em inúmeros relatórios da mídia e artigos acadêmicos como um resumo da mensagem do Papa sobre "ecologia integral". A frase, também divulgada na conta do Papa no Twitter, tornou-se uma hashtag própria e um lema para ativistas católicos ambientais, ilustrando seu amplo impacto nas redes sociais.

 

"Com o passar do tempo, percebi que nossas respostas não têm sido adequadas, enquanto o mundo em que vivemos está em colapso e pode estar se aproximando do ponto de ruptura."

(Exortação Apostólica Laudate Deum, 4 de outubro de 2023)

 

Neste recente documento que complementa Laudato Si', o Papa Francisco soa um alarme ainda mais urgente. Essa citação foi destacada por grandes agências de notícias no final de 2023, por seu tom grave ("colapso... ponto de ruptura"), reforçando os alertas científicos sobre os pontos de inflexão climáticos. Ativistas climáticos e formuladores de políticas divulgaram amplamente essa frase, observando que a avaliação do Papa acrescentava um peso moral à emergência climática antes da COP28.

 

Discursos e Homilias

 

"Protejam a Criação... Porque se destruirmos a Criação, a Criação nos destruirá! Nunca se esqueçam disso!"(Audiência Geral, 21 de maio de 2014)

 

O Papa Francisco fez esse alerta direto em uma audiência pública, uma citação depois ecoada em inúmeros artigos (frequentemente acompanhada do ditado "Deus sempre perdoa... a natureza nunca perdoa"). A frase capturou a atenção do público e foi até destacada pela National Geographic como uma das citações mais "verdes" do Papa. Defensores ambientais frequentemente evocam essa linha para enfatizar que o dano ecológico, no fim das contas, prejudica a humanidade — um tema que apareceu em tudo, desde discursos na ONU até postagens virais nas redes sociais.

 

"Como guardiões da criação de Deus, somos chamados a transformar a Terra em um belo jardim para a família humana. Quando destruímos nossas florestas, devastamos nosso solo e poluímos nossos mares, traímos esse chamado nobre."

(Discurso em Manila, Encontro com Jovens, 18 de janeiro de 2015) –

 

Durante sua visita às Filipinas, o Papa Francisco proferiu essas palavras incentivando o cuidado com a natureza. Embora tenha improvisado partes do evento, essa citação constava no texto oficial e foi amplamente noticiada por veículos como a Reuters pela força de sua linguagem ("trair esse chamado nobre"). Foi citada em análises sobre a visão teológica de Francisco acerca da ecologia e permanece como uma frase inspiradora amplamente compartilhada por grupos católicos ambientalistas.

 

"Não temos futuro se destruirmos o próprio ambiente que nos sustenta."

(Audiência Geral, 50º Aniversário do Dia da Terra, 22 de abril de 2020)

 

Em uma catequese especial, o Papa Francisco destacou a dependência da humanidade em relação a um meio ambiente saudável. Essa frase — essencialmente um alerta de que sem cuidado com a criação não há futuro — foi destaque na cobertura do Catholic News Service e em comentários sobre mudanças climáticas como um imperativo ético. Durante a pandemia de COVID-19, a citação repercutiu nas redes sociais como um lembrete da interdependência global.

 

"Nossa casa comum está sendo saqueada, devastada e ferida impunemente. A covardia em defendê-la é um pecado grave."

(Discurso no 2º Encontro Mundial dos Movimentos Populares, Santa Cruz, Bolívia, 9 de julho de 2015)

 

O Papa Francisco não mediu palavras nesse discurso inflamado a ativistas populares. A citação, que considera a destruição ambiental e a inação como "pecado grave", ganhou destaque mundial. Muitos comentaristas observaram a acusação moral contra a "covardia" dos líderes, e a frase tem sido citada em debates acadêmicos sobre ética ambiental dentro do ensino social católico. Sua contundência também gerou grande repercussão entre ativistas climáticos no Twitter, que saudaram a linguagem firme de um líder religioso global.

 

"Qualquer dano causado ao meio ambiente, portanto, é um dano causado à humanidade."

(Discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas, 25 de setembro de 2015) –

 

Em seu histórico discurso na ONU, o Papa Francisco cristalizou o princípio de que cuidar das pessoas e cuidar do planeta são coisas inseparáveis. Esta declaração concisa foi amplamente citada na cobertura internacional do evento. Desde então, tem sido frequentemente utilizada em documentos de políticas públicas e discursos (até fora de círculos católicos) como argumento moral para ações climáticas — inclusive por diplomatas em cúpulas climáticas que invocaram a autoridade do Papa para defender compromissos mais ambiciosos.

 

"Recebemos este mundo como herança das gerações passadas, mas devemos também lembrar que o recebemos como um empréstimo de nossos filhos e das futuras gerações, a quem teremos de devolvê-lo"

(Discurso a Líderes Políticos, Econômicos e Civis, Quito, Equador, 7 de julho de 2015)

 

Falando no Equador, Francisco usou essa metáfora memorável de herança/empréstimo, que tem sido repetidamente citada em materiais de educação ambiental e sermões. Sua inclusão na lista de citações "verdes" da National Geographic ajudou a ampliar seu alcance. A imagem da Terra como "empréstimo" das futuras gerações tem sido elogiada na literatura acadêmica por ilustrar a justiça intergeracional, e continua sendo compartilhada em fóruns climáticos e encontros de jovens, especialmente na América Latina.

 

"Precisamos 'desnaturalizar' a pobreza extrema, para parar de vê-la como uma estatística em vez de uma realidade. Por quê? Porque a pobreza tem um rosto! Ela tem o rosto de uma criança; tem o rosto de uma família; tem o rosto de pessoas, jovens e idosos."

(Discurso aos executivos do Programa Mundial de Alimentos, 13 de junho de 2016)

 

Esse poderoso apelo foi divulgado pela mídia do Vaticano e outros, e continua a ecoar em conferências humanitárias. Ao insistir que a pobreza não é normal ou anônima, Francisco deu aos trabalhadores humanitários uma citação memorável que tem sido usada em inúmeras apresentações e campanhas sociais (muitas vezes ao lado de imagens de indivíduos, para humanizar as estatísticas). Seu impacto é evidente na literatura acadêmica sobre ética do desenvolvimento, que frequentemente cita "a pobreza tem um rosto" ao defender abordagens centradas na pessoa para o alívio da pobreza.

 

"Somos chamados a honrar os pobres e a dar-lhes prioridade, com a convicção de que eles são uma verdadeira presença de Jesus em nosso meio. 'Assim como o fizestes a um destes meus irmãos mais pequeninos, a mim o fizestes' (Mt 25:40)."

(Mensagem para o Dia Mundial dos Pobres, 2018)

 

O Papa Francisco frequentemente vincula o cuidado com os pobres diretamente ao encontro com Cristo. Essa citação de sua mensagem anual foi amplificada na mídia católica e em homilias em todo o mundo. Ela é frequentemente mencionada em programas de divulgação paroquial e catequese para explicar por que a Igreja prioriza os pobres. Teologicamente, ela reforça uma pedra angular do pontificado de Francisco - uma "Igreja pobre para os pobres" - uma visão que ele expressou pela primeira vez em 2013. De fato, seu famoso desejo - "Como eu gostaria de uma Igreja pobre para os pobres!" - sustenta essa citação e se tornou uma frase icônica de Francisco, amplamente citada pela CNN e outros meios de comunicação desde o primeiro dia de seu papado.

 

Entrevistas e Coletivas de Imprensa

 

"Deus sempre perdoa, nós homens e mulheres às vezes perdoamos, mas a natureza nunca perdoa."  

(Coletiva de Imprensa durante voo do Sri Lanka às Filipinas, 15 de janeiro de 2015)

O Papa compartilhou esse provérbio impactante durante um bate-papo com jornalistas, e ele rapidamente se espalhou pelo mundo. Veículos como a National Geographic e grandes agências noticiaram a frase, observando como Francisco destacou que, se você "der um tapa nela", a natureza "te dará um de volta". Tornou-se uma frase-símbolo em debates sobre mudança climática, sendo citada em blogs científicos e artigos de opinião sobre os efeitos do abuso ambiental. Francisco repetiu essa frase no Dia da Terra de 2020, e ela segue sendo uma das mais compartilhadas nas campanhas ambientais.

 

"Estamos à beira do colapso... com as mudanças climáticas, e o momento de agir é agora. A Terra está sofrendo feridas devido a uma atitude predatória."

(Mensagem em vídeo para a Cúpula do Dia da Terra, 22 de abril de 2021)

 

Em uma mensagem aos líderes mundiais, o Papa fez esse alerta grave. A mídia católica destacou sua frase "estamos à beira do colapso" como uma exortação dramática, e comentaristas do clima notaram o alinhamento do Papa com o tom urgente dos cientistas. A citação teve grande repercussão nas plataformas sociais durante o Dia da Terra, sendo amplamente compartilhada com a hashtag da ONU #ClimateAction. Seu impacto foi reforçado pela cobertura de veículos religiosos e seculares, especialmente antes da COP26.

 

"O tempo está se esgotando; esta ocasião não deve ser desperdiçada, para que não tenhamos de enfrentar o julgamento de Deus por nossa falha em sermos administradores fiéis do mundo que Ele confiou aos nossos cuidados."  

(Mensagem para a COP26, lida em 2 de novembro de 2021)

 

Em uma carta à cúpula climática COP26, o Papa Francisco implorou aos líderes que agissem, unindo urgência ("o tempo está se esgotando") a um alerta espiritual. Essa citação foi amplamente divulgada por agências como a Reuters. Ela tem sido analisada academicamente como um exemplo da influência religiosa sobre políticas climáticas, destacando como Francisco enquadra a responsabilidade ecológica em termos de julgamento divino. Grupos ambientais religiosos compartilharam essa frase para incentivar oração e ação durante a COP26, e ela continua ressoando em seminários e boletins paroquiais como um lembrete da responsabilidade moral. 

Redes Sociais (Twitter) e Referências Populares

 

"O clima é um bem comum, pertencente a todos e destinado a todos."

(Twitter, 18 de junho de 2015)

 

Tuitado no dia do lançamento da *Laudato Si', esta frase sintetiza a mensagem central da encíclica. Viralizou com a hashtag #LaudatoSi, sendo retuitada milhares de vezes. Acadêmicos ambientais frequentemente citam esse princípio ao discutir o clima como bem global comum, e ele apareceu até em debates políticos — por exemplo, durante a COP21 em Paris, delegados usaram o conceito de "bem comum" em discursos climáticos. O impacto duradouro do tuíte se reflete em sua republicação a cada Dia Mundial do Meio Ambiente.

 

"Praticar a caridade é a melhor forma de evangelizar."

(Twitter, 24 de janeiro de 2015)

 

Embora o foco desse tuíte seja a caridade, muitos comentadores aplicaram sua sabedoria também à ação climática — enfatizando que viver o cuidado (pelo próximo e pela Terra) é um testemunho em si. Essa máxima breve teve grande engajamento e é frequentemente citada em discussões sobre ativismo ambiental com base na fé, destacando que proteger a criação é um ato de amor concreto, capaz de inspirar mais que palavras.

 

"Há tanta indiferença diante do sofrimento. Que possamos superar a indiferença com atos concretos de caridade."

(Twitter, 20 de junho de 2014)

 

Embora referindo-se amplamente ao sofrimento humano, essa exortação tem sido aplicada frequentemente ao sofrimento ambiental por católicos nas redes sociais. Tornou-se um tuíte popular, citado tanto em crises humanitárias quanto ecológicas — por exemplo, durante os incêndios na Amazônia ou eventos climáticos extremos. Usuários recuperaram essa frase para incentivar ajuda concreta e mudanças políticas. Seu apelo à ação em vez da apatia reflete um tema recorrente.

Foto: Reprodução Vaticano News
Foto: Reprodução Vaticano News

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