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O futuro em cinzas: Rondônia clama por ações imediatas e eficazes

  • Foto do escritor: Solano Ferreira
    Solano Ferreira
  • 4 de set. de 2024
  • 2 min de leitura

Por Joel Elias

queimada
Equipe do PrevFogo do Ibama durante combate à incêndio florestal

A crise ambiental que afeta Rondônia atingiu um ponto crítico que demanda ações imediatas e contundentes. Os números alarmantes de focos de incêndio registrados no estado nos primeiros oito meses de 2024 são um grito de socorro da natureza que não pode mais ser ignorado. Com 6.984 focos de incêndio identificados, sendo 64% apenas em agosto, estamos diante de uma catástrofe ambiental sem precedentes nos últimos 14 anos.

A ação do Ministério Público Federal (MPF) solicitando a liberação de verbas para a contratação de 450 brigadistas é louvável, mas insuficiente diante da magnitude do problema. É imperativo que medidas mais duras e ágeis sejam implementadas para evitar o agravamento de caos ambiental que se instalou no horizonte.


A destruição da floresta amazônica em Rondônia não é apenas um problema local, mas uma questão de relevância global. A região desempenha um papel crucial na regulação do clima planetário e na preservação da biodiversidade. Cada hectare queimado representa uma perda irreparável para o equilíbrio ecológico e para as futuras gerações.


É fundamental que o governo federal assuma sua responsabilidade e aja com a urgência que a situação exige. A liberação de verbas para a contratação de brigadistas deve ser apenas o primeiro passo de uma série de medidas mais abrangentes e eficazes. É necessário um plano de ação integrado que envolva não apenas o combate aos incêndios, mas também a prevenção e a punição rigorosa dos responsáveis por essas práticas criminosas.


A presença da Força Nacional de Segurança e do Exército Brasileiro, conforme solicitado pelo MPF, é essencial para coibir novas ocorrências e garantir a aplicação da lei. No entanto, é preciso ir além do patrulhamento. É necessário investir em tecnologia de monitoramento em tempo real, ampliar a fiscalização e fortalecer os órgãos ambientais com recursos humanos e financeiros adequados.


Além disso, é crucial promover uma mudança de mentalidade na região. Programas de educação ambiental, incentivos econômicos para práticas sustentáveis e o fomento a alternativas econômicas que não dependam da destruição da floresta devem ser implementados com urgência.


A sociedade civil também tem um papel fundamental nesse processo. É preciso pressionar as autoridades, exigir transparência nas ações e resultados, e conscientizar a população sobre a importância da preservação ambiental para o futuro de todos.


O tempo está se esgotando. Cada dia de inação significa mais floresta queimada, mais biodiversidade perdida e mais danos ao equilíbrio climático global. As medidas para evitar o caos ambiental em Rondônia precisam ser mais duras, mais ágeis e implementadas imediatamente. O futuro da Amazônia e, por consequência, do planeta, depende disso.

Não podemos mais nos dar ao luxo de adiar decisões difíceis ou de implementar medidas paliativas. É hora de agir com determinação e coragem. O caos ambiental em Rondônia é um alerta para o Brasil e para o mundo. Que seja também o ponto de virada para uma nova era de responsabilidade ambiental e desenvolvimento sustentável.



*Joel Elias é jornalista atuando na Amazônia.

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