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Foto do escritorSolano Ferreira

MDA se empenha no combate emergencial ao fogo com apoio de movimentos sociais e órgãos governamentais

Foto: Operação/CBMRO

O Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) tem intensificado seus esforços no combate emergencial aos incêndios que afetam comunidades rurais em várias regiões do Brasil, especialmente em assentamentos da Reforma Agrária. Nestas segunda (01/10) e terça-feira (02/10), a ministra em exercício do MDA, Fernanda Machiaveli, reuniu-se com dirigentes da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) e outros representantes de movimentos sociais, além de órgãos governamentais como o Incra e a Conab, para discutir soluções conjuntas e estratégicas. 


O encontro visa construir uma proposta emergencial de ações que atenda às demandas mais urgentes das comunidades e ofereça soluções sustentáveis para o controle dos incêndios. A ministra destacou que, diante das mudanças climáticas, agricultores familiares estão entre os mais vulneráveis, pois dependem diretamente da natureza para sua produção. "Precisamos pensar em soluções que, além de controlar os incêndios, ofereçam um suporte contínuo aos agricultores, integrando práticas sustentáveis e preventivas", afirmou. 


Participação ativa dos movimentos sociais


A construção da proposta conta com a colaboração ativa de movimentos sociais e órgãos federais, que apresentam sugestões para fortalecer a resposta ao fogo. A criação de brigadas comunitárias, a capacitação de trabalhadores rurais para o manejo integrado do fogo e a implementação de práticas agrícolas que reduzem os riscos de incêndios foram algumas das ideias apresentadas. 


Amaldo Brito, representante da Contag, destacou a importância de uma campanha de prevenção nacional: "Tem algumas frentes em que precisamos realmente atuar. A primeira é a campanha de prevenção. O foco agora é o Pantanal e a Amazônia, mas sabemos que essa campanha precisa ser de âmbito nacional, pois as mudanças climáticas se tornaram uma questão de prioridade nacional. Não podemos focar em apenas uma região ou estado. Além disso, agora estão sendo atingidos os assentamentos, comunidades quilombolas e indígenas. Precisamos dar atenção a todos, inclusive à agricultura familiar como um todo, que também é um público vulnerável a essas questões." 


A proposta do MDA, além da articulação com movimentos sociais, baseia-se em estudos e análises de imagens feitas por satélites, permitindo o mapeamento das áreas já afetadas pelo fogo ou com focos recentes e atuais de calor. Esse monitoramento contínuo facilita a detecção precoce de incêndios e a mobilização rápida de equipes para contê-los. 


Proposta colaborativa e próxima etapa


Durante as reuniões foi reforçada a importância de uma avaliação coletiva da proposta. A ministra Fernanda Machiaveli enfatizou a necessidade de ações coordenadas: "Nossa discussão agora aponta algumas tarefas a serem feitas. Várias sugestões foram dadas e vamos tentar incorporá-las. Precisamos formular uma solicitação de apoio e finalizar o processo. Vamos separar as ações em combate e recuperação, e em prevenção, e daremos uma devolutiva para vocês." 


O MDA, com o apoio das organizações e movimentos presentes, reafirma seu compromisso em adotar ações rápidas e coordenadas para mitigar os impactos dos incêndios. O foco é não apenas no combate emergencial, mas também na construção de soluções que garantam o desenvolvimento rural sustentável e a segurança das famílias assentadas. 


A expectativa é que, após a consolidação desta proposta emergencial, as novas estratégias sirvam também para a criação de redes permanentes de prevenção ao fogo, implementação de sistemas de monitoramento contínuo e fortalecimento das políticas públicas voltadas ao desenvolvimento sustentável das áreas rurais.


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