Foto: Internet
Um incêndio de grandes proporções destrói a Serra da Moeda, na Região Central de Minas Gerais, na terça-feira (8). Há relatos de que o fogo se iniciou no domingo (6) e que os focos se intensificaram na segunda-feira (7).
Moradores do Condomínio Santuário estão preocupados com as chamas, que estão mais internamente na serra, mas que também se encaminham para a margem da BR-040.
O Instituto Estadual de Florestas (IEF) informou que, até o dia 30 de setembro deste ano, 2.902,81 hectares foram queimados: 894,21 na parte interna e 2.030,5 no entorno do Monumento Natural Estadual da Serra da Moeda.
O caso é mais um exemplo das queimadas ilegais que atingem todo o país e fazem com que a fumaça percorra regiões inteiras.
Yuri Salmona, diretor-executivo do Instituto Cerrados, destaca os efeitos devastadores das queimadas na biodiversidade, nas comunidades locais e também na saúde humana. “Não estamos na época de incêndios naturais, ou seja, os que estão acontecendo agora são provocados pela ação humana e têm consequências desastrosas nos biomas, que não conseguem se recuperar. É imprescindível que o combate ao fogo seja levado mais a sério”, diz.
Marcos Woortmann, diretor-adjunto do Instituto Democracia e Sustentabilidade (IDS), reforça a necessidade de políticas públicas de combate aos crimes ambientais. “Falamos muito da Amazônia, mas a verdade é que também o Pantanal, o Cerrado e todo o Brasil estão vulneráveis ao crime ambiental das queimadas, com consequências severas para o futuro. Em época de eleições municipais, é fundamental que as mudanças climáticas e a proteção ao meio ambiente sejam pautadas eleitoralmente nas cidades, pois todos nós, independente de preferências partidárias, vivemos as consequências da degradação ambiental”, diz.
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