Foto: Eletra - Divulgação
O início da substituição da frota rodante de ônibus de transporte urbano deve ganhar nova dimensão neste ano de 2024, pelo menos nas principais cidades do País. É o caso de Curitiba que investirá até junho próximo, o equivalente a R$ 317 milhões na aquisição de 70 veículos. O prefeito da Capital paranaense, Rafael Greca, participou de 24 a 27 deste mês de janeiro, em Washington (EUA), do Seminário Presente e Futuro dos Transportes, onde foi conhecer a novidade do setor.
São Paulo, a capital paulista, é outra cidade que está com o programa avançado e também pretende acelerar a implantação da substituição da frota urbana. A indústria de veículos elétricos de grande porte também está de olho na renovação da frota de transporte escolar, uma demanda gigantesca que pode aquecer os investimentos na fabricação ou montagem de exemplares no Brasil.
Fabricantes tradicionais já estão preparados para o novo mercado e a concorrência deve proporcionar a oferta de modelos que caibam bem nas estruturas viárias das grandes cidades. Grande parte desses novos veículos já estão em testes para homologações e, ainda neste primeiro semestre, os modelos aprovados estarão disponíveis para aquisições.
A fabricante Scania, tradicional no mercado de ônibus, faz mistérios do que pretende lançar no mercado brasileiro, mas é certo que com a experiência na produção desse tipo transporte, a empresa entrará com favoritismo na disponibilização de veículos elétricos para o transporte rodoviário urbano.
Já a Volvo pretende disponibilizar o BZL, um 4x2 com pacote de baterias com capacidade para 94 kWh que terá autonomia média de 300 quilômetros. O veículo tem capacidade para até 80 passageiros e quase 13 metros de comprimento.
Outro fabricante de peso que está no páreo é a Volksbus que deve oferecer no mercado o seu e-Volksbus que já fez os testes de engenharia. A carroceria com capacidade para 0 passageiros será montada sobre a plataforma do experimentado caminhão e-Delivery, um cargo urbano.
A fabricante Eletra á está com seu modelo e-Trol pronto para ser lançado, sendo um trólebus equipamento com pacote de baterias ajustadas para receber recargas de oportunidade no trajeto, o que garantirá autonomia de 300 quilômetros. Para adequar às diferentes estruturas das cidades brasileiras, a Eletra pretende oferecer modelos com comprimentos diferentes para abrigar de 60 a 146 passageiros, de acordo com o porte indicado.
Quem também quer competir no Brasil é a Higer com o seu Fencer, um ônibus Padron, equipado com baterias que acumulam até 422 kWh. Para melhorar a autonomia, a fabricante utilizará estrutura de aço para reduzir uma tonelada no peso bruto do veículo, o que proporcionará economia média de 20% no consumo elétrico.
Além de tamanho, autonomia e conforto, alguns fabricantes já pensam na nova tendência urbana com câmeras no lugar de retrovisores, e, devem apresentar adequações para acessibilidade, inclusive com espaços para cadeiras de rodas e para cães guias.
Diante das ofertas já anunciadas, tudo indica que as capitais brasileiras já começam fazer a substituição de suas frotas rodantes ainda neste ano, tirando de circulação urbana os tradicionais ônibus movidos com motores diesel, que lançam gases poluentes, e, colocando em circulação novos veículos movidos com energias limpas e zero de poluição com CO2 – dióxido de Carbono.
Por Solano Ferreira – Mundo e Meio
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