OPINIÃO
A iminência da COP 30 em Belém do Pará, em 2025, marca uma celebração global da agenda ambiental, mas também evidencia a urgência de se abordar a falta de conectividade aérea na Amazônia Legal. Esta conquista histórica não só traz os olhares do mundo para a região, mas também sublinha a importância crucial de se discutir a adoção da estratégia unilateral de céus abertos como um impulso para o desenvolvimento regional.
A escolha de Belém como anfitriã da COP 30 oferece ao mundo a chance de mergulhar no coração da Floresta Amazônica, um ecossistema vasto e rico, mas que enfrenta o isolamento devido à falta de voos. A grandiosidade da Amazônia, com sua biodiversidade única, ressalta a necessidade premente de superar a carência de conectividade aérea, uma realidade que impacta diretamente a população local.
O cenário impõe de maneira proeminente a adoção da estratégia unilateral de céus abertos na Amazônia Legal, o que representaria a abertura do espaço aéreo para a atuação de companhias aéreas estrangeiras em concorrência com as nacionais, possibilitando a promoção da competição e ampliação das opções de voos, frequências e destinos. Este seria não apenas um passo para resolver o problema da falta de voos, mas uma ponte para o desenvolvimento sustentável que pode transformar a realidade da população amazônica. Os céus abertos não só facilitariam o deslocamento dos participantes da COP 30, mas também abririam oportunidades para a comunidade, estimulando o turismo, o comércio local e a criação de empregos.
No entanto, essa conquista não pode se materializar sem a colaboração ativa entre a sociedade civil organizada e o poder público. Discussões técnicas, campanhas educativas, petições e eventos comunitários são essenciais para sensibilizar a população sobre os benefícios dos céus abertos na Amazônia Legal. O engajamento direto com representantes governamentais, respaldado por propostas sólidas e dados concretos, é fundamental para assegurar que a implementação dessa estratégia seja prioridade.
Devemos celebrar Belém - que traz consigo a beleza e diversidade da Amazônia - como sede da COP 30, e aproveitar a oportunidade para se fazer um apelo incisivo para que os céus abertos se tornem uma realidade na região. Que este evento global seja o catalisador para uma mudança significativa na conectividade aérea, proporcionando não apenas uma plataforma para discussões ambientais, mas também uma ponte para o desenvolvimento sustentável e inclusivo na Amazônia Legal.
Por Alessandro Macedo - Diretor Técnico do SEBRAE em Rondônia.
Foto: Solano Ferreira
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