Empresa realiza apresentação no XV Congresso Brasileiro de Gestão Ambiental apontando como os fenômenos meteorológicos afetam a disponibilidade de água em bacias
A segurança hídrica nas cidades brasileiras está sob ameaça por conta dos reflexos cada vez mais intensos das mudanças climáticas nos recursos hídricos, que causam a redução de disponibilidade de água e afetam diretamente os usuários da água para diversas finalidades.
Com o objetivo de apontar como é possível atuar em favor de um mercado resiliente frente aos fenômenos meteorológicos e como é importante contar com uma infraestrutura de para minimizar os impactos das mudanças climáticas, a Climatempo, a maior e mais reconhecida empresa de consultoria meteorológica e previsão do tempo do Brasil e da América Latina, participa do XV Congresso Brasileiro de Gestão Ambiental, apresentando no dia 07 de novembro o artigo "Caracterização Climática Estratégica na Bacia do Rio Cana Brava no Estado de Goiás".
"À medida que as mudanças climáticas se intensificam, os riscos para os usuários de recursos hídricos nas bacias aumentam devido à maior frequência de temperaturas elevadas, secas prolongadas e ondas de calor.", destaca Renata Martins, engenheira sanitarista e gerente de projetos na Climatempo, que apresentará o artigo.
A Climatempo realizou um estudo na bacia do Rio Cana Brava que deu origem ao artigo que será apresentado no Congresso, que ocorre em Belém (PA), de 5 a 8 de novembro. Nele, foram avaliados as variáveis meteorológicas e o comportamento do clima nos últimos 30 anos e para as próximas décadas na região, projetando a disponibilidade hídrica futura em um cenário de continuidade das mudanças climáticas.
"Identificamos mudanças no comportamento do clima que poderão impactar o ciclo hidrológico da região, exigindo uma gestão estratégica para garantir a oferta hídrica", conta Renata.
Ao projetar os dados para as décadas futuras, o estudo apontou um aumento tanto na temperatura máxima quanto na mínima. Além disso, observou-se um aumento na frequência de dias muito quentes e uma diminuição no número de noites frias no ano.
Sobre às projeções de chuva, considerando o cenário mais pessimista, o clima na bacia do Rio Cana Brava tende a ficar mais seco. Ou seja, há uma tendência de diminuição da frequência e da intensidade de chuvas ao longo dos próximos anos.
"Esses dados apontam a probabilidade de que o ciclo hidrológico da região será mais impactado futuramente", observa Renata. "Daí a importância de se avaliar o cenário futuro para se tomar medidas mitigadoras e adaptativas do efeito das mudanças climáticas no longo prazo."
Ela destaca que secas prolongadas e ondas de calor afetam diretamente a disponibilidade de água nas bacias hidrográficas e aquíferos, fontes essenciais para o abastecimento. Nesses períodos, os níveis de rios e reservatórios caem significativamente, dificultando o fornecimento, enquanto as altas temperaturas aumentam a evaporação, bem como o consumo de água para atividades como irrigação e refrigeração.
"Isso cria um desequilíbrio entre a oferta e a demanda por água, o que exige que empresas e autoridades em geral busquem soluções para mitigar os impactos, como o uso mais eficiente dos recursos hídricos, reuso de água e diversificação das fontes de captação", afirma Renata.
De acordo com o estudo "Impacto da Mudança Climática nos Recursos Hídricos do Brasil", publicado em 2024 pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), a disponibilidade hídrica poderá diminuir em até 40% nas regiões hidrográficas do Norte, Nordeste, Centro-Oeste e parte do Sudeste até 2040.
Diante deste cenário, todos os usuários de recursos hídricos devem estar focados em se preparar cada vez mais para enfrentar esses impactos, com soluções tanto de curto prazo quanto voltadas ao planejamento estratégico futuro.
As soluções incluem o monitoramento contínuo do tempo e do clima, além da aplicação de modelagem hidrológica para previsão de vazão e nível de água em bases horárias e diárias. Essas ferramentas permitem uma gestão mais precisa dos recursos hídricos, antecipando variações que possam impactar o abastecimento.
"Essas ferramentas contribuem para aumentar a resiliência das empresas no gerenciamento das operações diárias, permitindo a identificação antecipada de possíveis eventos severos que possam impactar os ativos", observa Renata. "Com essas previsões, as empresas podem planejar com antecedência os investimentos e obras necessárias, o que ajuda a mitigar riscos e reduzir os impactos operacionais", afirma ela.
Sobre a Climatempo
A Climatempo é a maior e mais reconhecida empresa de consultoria meteorológica e previsão do tempo do Brasil e da América Latina. Desenvolve serviços de análises e previsões climáticas para empresas e instituições da área pública e privada, com serviços especializados que atendem diversos setores de atividades, como energia, mineração, agronegócio e logística, entre outros. Para o público em geral, fornece informações sobre o clima por meio do seu website e aplicativos, e boletins com previsão do tempo para diversos veículos de comunicação. Juntos, esses canais somam 20 milhões de usuários mensalmente.
Comprometida com a inovação, foi a primeira empresa privada a oferecer análises climáticas customizadas no mercado brasileiro e, em 2015, instalou o LABS Climatempo no Parque Tecnológico de São José dos Campos (SP), para atuar na pesquisa e no desenvolvimento de soluções para tempo severo, energias renováveis (eólica e solar), hidrologia, comercialização e geração de energia, navegação interior, oceanografia e cidades inteligentes. Fundada em 1988, a Climatempo foi adquirida, em 2019, pela StormGeo, empresa líder global em serviços de inteligência meteorológica e suporte à decisão, sediada na Noruega, com presença em 15 países e 515 funcionários, e que, desde 2021, integra o grupo Alfa Laval, líder global no fornecimento de produtos nas áreas de transferência de calor, separação e manuseio de fluidos.
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