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Calor extremo seria "essencialmente impossível" sem mudança climática e ameaça Carnaval e esporte, alerta estudo

Onda de calor recorde atinge 127 milhões de brasileiros e se tornou cinco vezes mais provável devido ao aquecimento global e deve continuar

 

Em pleno mês de fevereiro, mais de 127 milhões de brasileiros enfrentam temperaturas extremas, que se tornou pelo menos cinco vezes mais provável devido às mudanças climáticas, segundo análise do Climate Central. De 14 a 20 de fevereiro, uma onda de calor assolou diversas regiões do país, com máximas que superaram os 44°C. O fenômeno, que acontece justamente antes do Carnaval e durante a volta às aulas, gerou uma série de alertas por parte das autoridades de saúde e meteorologia, intensificando as preocupações com a saúde pública e a infraestrutura de cidades e escolas. 


O calor tem levado cidades a ampliar o número de estações de hidratação e reforçar os serviços médicos para o tratamento de desidratação, exaustão pelo calor e casos de insolação. Além disso, a escassez de água e a falta de acesso ao ar condicionado têm impactado ainda mais o cotidiano da população, criando um cenário de alerta. A previsão do relatório é que essas temperaturas acima da média persistam pelo menos até o final de fevereiro, e provavelmente por mais tempo.

Imagens da análise do Climate Central
Imagens da análise do Climate Central

"Este calor seria essencialmente impossível sem a contribuição das emissões humanas", segundo a climatologista Kristina Dahl, vice-presidente de ciências do Climate Central. "Com o aumento das temperaturas globais devido à queima de combustíveis fósseis, podemos esperar que mais ondas de calor coincidem com grandes eventos culturais, como o Carnaval, e com competições esportivas de grande porte, como o Rio Open", completa.


Rio de Janeiro bate recorde de temperatura em fevereiro


Em 17 de fevereiro, o Rio de Janeiro registrou um recorde histórico de 44°C, a mais alta temperatura dos últimos dez anos. Outras cidades, como Foz do Iguaçu, São Gonçalo, Petrolina e Praia Grande, também ultrapassaram os 36°C, com calor extremo persistindo por vários dias consecutivos. Nessas localidades, o índice de calor permaneceu acima do nível 3 (indicando forte influência das mudanças climáticas) por uma média de 5 a 6 dias. 

Tabela cidades brasileiras - Climate Central


Como as mudanças climáticas intensificaram o calor?


As temperaturas extremas, que variaram de 30°C a 44°C, foram consideravelmente mais altas do que o normal para esta época do ano. Entre 14 e 20 de fevereiro, algumas localidades no Brasil registraram variações de até 8°C acima da média histórica para o período. Cidades de diferentes regiões do país, como Nordeste, Sudeste e Sul, atingiram o nível 5 do Índice de Mudança Climática (ISC), que indica que as mudanças climáticas causadas pelo homem tornaram esse calor extremo pelo menos cinco vezes mais provável. 


Os dados preliminares apontam que, entre 14 e 20 de fevereiro, mais de 127 milhões de brasileiros enfrentaram pelo menos um dia de calor intenso com ISC nível 5; enquanto 170 milhões vivenciaram, ao menos, um dia com o ISC nível 3 — indicando uma influência muito forte das mudanças climáticas, segundo os autores da análise. 


O Índice de Mudança Climática usa metodologia revisada por pares e dados em tempo real para estimar como as mudanças climáticas aumentaram a probabilidade de uma temperatura diária específica. Ele compara a probabilidade de ocorrência dessas temperaturas em um mundo sem as emissões humanas de carbono com a probabilidade em um mundo com décadas de emissões acumuladas na atmosfera. Essa comparação permite determinar com precisão o quanto as mudanças climáticas influenciaram eventos climáticos extremos, como o calor que o Brasil vem experimentando neste fevereiro.

 

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