Depois das grandes enchentes no Rio Grande do Sul, o Brasil agora deve enfrentar um período de estiagem e incêndios florestais em diversos biomas.
Foto: Freepik
Em abril, a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico declarou situação crítica de escassez hídrica na bacia do Paraguai (região Centro-Oeste do país). Essa é a primeira vez em que se fala de situação "crítica" na região.
No Pantanal, os focos de calor se multiplicaram por mais dez, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), saltando de 133 para 1.388 até o dia de 10 de junho, o equivalente a um aumento de quase 1000%. A última vez que o Pantanal teve um início de temporada seca tão incendiário foi no ano que acabou sendo o pior de sua história, em 2020.
"Os incêndios fazem parte das características deste bioma, mas estão começando cada vez mais cedo, terminando mais tarde, sendo maiores do que o observado até o século passado", observa o meteorologista e fundador do Climatempo e do C3 TV (Climate Change Channel), Carlos Magno do Nascimento.
Segundo o especialista, essa é uma das consequências das mudanças climáticas. "O Brasil deve se preparar para essa nova realidade, reforçando a prevenção e alertando a população corretamente quanto ao que fazer em focos de incêndio", diz.
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