Alternativa brasileira para substituir o gás liquefeito de petróleo (GLP) é feito com base de óleo de soja e será utilizado em residências e restaurantes.
Foto: Freepik
A distribuição do bioGLP é feita pela Ultragaz, uma companhia que atende domicílios e empresas com o fornecimento de gás de cozinha. O novo produto, que tem como base o óleo de soja, é produzido numa parceria com a Refinaria Riograndense (RPR), que integra grupo que estuda biocombustíveis liderados pela Associação Mundial de GLP.
A partir de 2020 ocorreram as pesquisas numa parceria com a Universidade Federal de São Paulo (USP) e em 2022 o produto já era produzido em laboratório. Foram experimentadas outras matérias primas em estudos, mas o óleo de soja foi o que mais apresentou resultados. Quanto ao efeito de combustão, a empresa considera que o bioGLP tem o mesmo potencial de queima do GLP tradicional.
Em entrevista para a Exame, o diretor de marketing e experiência do cliente da Ultragaz, Aurélio Ferreira, destacou as qualidades do biocombustível e afirmou que o produto possui economia de carbono na quantidade de emissões, contribuindo para a descarbonização na cota dos clientes da empresa.
A Refinaria Riograndense vai distribuir o lote piloto do combustível renovável estimado em 140 toneladas de combustível. Se os resultados na clientela for o mesmo percebido em laboratórios, a projeção anual de produção e distribuição será de 30 mil toneladas. Em comparação com a queima de carvão, o bioGLP apresentou redução entre 70% a 80% nas emissões de carbono durante a queima.
Caso aprovado, o biocombustível será uma alternativa para a substituição do GLP tradicional, podendo ser fornecido puro ou em mistura em caso de transição.
Por Solano Ferreira | Mundo e Meio
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