Amazonas é o estado líder em favelas com 34,6% de moradias nessa condição
A baixa governança dos municípios amazonenses foi apontada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) como a causadora da grande quantidade de favelas e comunidades urbanas. O estado do Amazonas com 4.144.597 habitantes (IBGE, 2020) é o número um do País com 34,6% de domicílios em favelas.
Das 1.138.985 moradias existentes no estado, 393.995 são irregulares. Grande parte dessas moradias são palafitas – casas construídas sobre esteios em áreas de alagações. Com 2,2 milhões de moradores, a cidade de Manaus, a capital amazonense, é uma das capitais brasileiras com baixo índice de saneamento básico.
Esses dados aparecem no relatório do levantamento realizado pelo TCU sobre planejamento das cidades do país e como as administrações municipais afetam o cumprimento de políticas públicas voltadas para as cidades, dentro da Política Nacional de Desenvolvimento Urbano (PNDU).
Enchentes no Acre põe em alerta padrão de cidades na Amazônia
A maioria das cidades amazônicas são às margens de rios devido a navegação ser o principal meio de transporte na isolada e imensa região. Nesta semana, o estado do Acre teve 19 dos 22 municípios em situação de emergência devido as enchentes, deixando as populações em situações de desabrigadas.
As prefeituras e governos estaduais precisam criar novos modelos habitacionais para a região. A exemplo, Porto Velho – capital de Rondônia, construiu com recursos da União, diversos conjuntos habitacionais populares para garantir moradia para famílias que viviam em áreas de alagações. A cada enchente o problema se repetia com diversas famílias desabrigadas. As áreas que foram desabitadas se tornaram áreas verdes.
Não tem como retirar as cidades amazônicas das margens dos rios devido a importância do transporte fluvial. Mas é possível pensar em modelos em que as habitações possam ser erguidas em locais acima do nível decota de alagações, evitando perdas, danos e constrangimentos para esses moradores.
Foto: Pedro Devani/Ascom
Exportação de gado vivo é negócio em crescimento
O comércio mundial de compra de gado vivo vem crescendo consideravelmente e o Brasil desponta entre os exportadores. No período de janeiro a julho de 2023, o agro brasileiro vendeu cerca de 282 mil bovinos vivos, representando um aumento de 220% se comparando ao mesmo período de 2022. Para 2024, as projeções são ainda mais animadoras com a liberação dos negócios para a Rússia, Belarus, Armênia, Cazaquistão e Quirguistão.
O Oriente Médio e o Leste Europeu são os maiores compradores de gado vivo por questões religiosas e por maior segurança sanitária. A Turquia é o maior comprador de gado vivo do Brasil, e agora a China indica que também aumentará esse tipo de compra. Quando verificados os números dos últimos cinco anos, os países membros da União Econômica Eurasiática (UEEA) importaram mais de US$ 200 milhões por ano de gado vivo.
Mata Grosso, Pará e Rondônia são os grandes produtores de gados que despontam na Amazônia.
Por Solano Ferreira - Jornalista atuante na Amazônia.
Comments